terça-feira, 18 de janeiro de 2011

I am Sam - Uma lição de amor.


Para todos aqueles que gostam de um bom filme, é impossível deixar de assistir a "I am Sam" (Uma lição de amor). Com atuação premiada com o Oscar de Melhor Ator, Sean Penn vive o papel de Sam, um homem que, já adulto, tem a capacidade mental de uma criança de 7 anos. Em um determinado momento de sua vida Sam tem uma filha, a pequena Lucy (vivida por Dakota Fanning). Como a mãe da garota fugiu no primeiro dia de vida de Lucy, Sam é obrigado a criar o bebê sozinho. Com a ajuda de alguns amigos e de sua vizinha, Annie, Sam e Lucy conseguem ter uma vida estável, com muito amor e carinho, até Lucy completar 7 anos de idade. Durante a festinha de seu sétimo aniversário, Lucy é retirada dos cuidados do pai, por ordem judicial. A justiça acredita que Sam não tem capacidade de oferecer a sua filha tudo aquilo que uma criança de 7 anos deve ter e, além disso, a justiça alega que a capacidade mental de Lucy estava prestes a ultrapassar a de seu pai, o que poderia prejudicar o relacionamento entre os dois. Como Sam não tem um bom salário, ele não pode pagar um advogado e, sendo assim, ele procura pela advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer) que, após muita resistência, aceita trabalhar para Sam gratuitamente. Durante boa parte do filme, Sam e Rita passam discutindo planos para os dias em que se apresentariam no tribunal. Como Sam deveria se portar, o que Sam deveria falar, enfim. Tudo isso fora estritamente combinado. Contudo, diante de tanta pressão do advogado de defesa, Sam não aguenta. Ele começa a concordar com o outro advogado e diz, em alto e bom tom no tribunal, que Lucy merece coisa melhor do que o que ele estava preparado para dar. Sendo assim, Lucy é encaminhada a um lar, onde teria mãe e pai adotivos. Sam fica extremamente infeliz e perde o emprego, o que dificultaria ainda mais, segundo a justiça, a volta de sua filha. Para que isso não acontecesse, sua advogada consegue reanimá-lo e Sam consegue um emprego melhor. Com mais dinheiro, Sam aluga um apartamento melhor, próximo à nova residência de sua filha. Eles começaram a se ver constantemente, inclusive em dias que não estavam estipulados pelos juízes. Além disso, Lucy fugia regularamente no meio da noite para encontrar seu pai. Assistindo passiva a tudo isso, a mãe adotiva de Lucy a leva desesperadamente a Sam, dizendo que ele teria total capacidade de cuidar da própria filha. No final do filme aparecem Sam e Lucy jogando futebol e, na torcida, a advogada e a mãe adotiva de Lucy.

Esse filme é sensacional e eu recomendo a todos. Ele nos ensina que a diferença é, muitas vezes, imposta pelos outros. Quando Sam foi impossibilitado de criar sua filha, julgaram-no como diferente. Alguém sem capacidade de dar a uma filha tudo de que ela precisa. Mas, afinal, do que uma criança de sete anos realmente necessita? Não seria amor? Carinho? Atenção? E isso com certeza Sam tinha para dar. E tinha de sobra. No começo do filme, eu também pensava que seria melhor para Lucy ser criada por um casal "normal". Mas, percebi que nada é maior, nada é mais gratificante do que receber o amor e o carinho de um pai. Lucy não precisava de pais graduados, que tivessem condições de pagar as melhores escolas e roupas para ela. Lucy precisava do amor incondicional de Sam. Da presença de Sam ao seu lado. E assim, percebemos que aquele que muitas vezes consideramos ser o diferente, o que foge aos padrões, tem totais condições de ser tão bons ou melhores do que nós.

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